Por vezes toda a existência parece não ser mais do que um jogo.
Jogado por poucos, mas que implica a vida de muitos.
Vivemos com a convicção de realizar um percurso conciso em busca de objectivos e sonhos, quando na verdade, percorremos um labirinto de circunstâncias e vontades das quais dependemos, mas que não pretendemos...
Vamos sentindo a ilusão de viver, de jogar esse mesmo jogo da melhor maneira, quando a realidade, a cada novo dia passado, a cada minuto desperdiçado, nos vamos aproximando mais do nosso destino.
Perder.
Perder oportunidades, perder tempo, perder alegria, perder confiança, perder vida...
As sombras e a escuridão vão pontilhando os nossos dias sem que nos apercebamos. Vão ganhando espaço de forma gradual. Até chegar ao estado de tomarem mais da nossa visão, do que tudo o resto a que devíamos dar atenção...
São pequenos gestos e detalhes, acções, palavras, indiferenças que vão "sujando" irremediavelmente relações e laços que deveriam de ser adorados e estimados, para se tornarem a "base de corte" para qualquer porcaria que apareça nas nossas vidas.
O amor não deixou de ter valor, continua essencial e eterno quando verdadeiro. Mas mesmo verdadeiro, pode ir perdendo as forças perante tanta podridão, falta de coragem e de carácter de quem o devia assumir como prioridade...